A Educação Especial tem-se revelado um desafio para os Educadores de Infância uma vez que se trata de uma área que trabalha a diferença, a igualdade de oportunidades e a educação inclusiva.
O conceito de Educação Inclusiva surgiu em 1994 com a Declaração de Salamanca e pretendeu promover a adaptação das estruturas sociais às necessidades das pessoas com problemas específicos, quer de ordem física, quer em termos de Necessidades Educativas Especiais (NEE).
Segundo a Declaração de Salamanca, todas as crianças devem aprender juntas sempre que isso seja possível, independentemente das dificuldades e diferenças que estas apresentem. As escolas devem adaptar-se ao estilo e ritmo de aprendizagem de cada criança, de forma a garantirem um bom nível de educação para todos (UNESCO, 1994, pag.11)[1].
De acordo com a UNESCO a educação inclusiva visa garantir a todos e a cada um dos alunos, independentemente da sua situação pessoal e social, práticas pedagógicas que lhes possibilitem a aquisição de um nível de educação e formação facilitadoras da sua plena inclusão na sociedade.
Os sucessivos Relatórios de Desenvolvimento Humano da ONU demonstram que os países que registam maiores índices de desenvolvimento humano são aqueles em que as crianças e jovens têm oportunidades de educação e formação, pelo que o sucesso da intervenção sócio -comunitária do Assistente Social e do Educador Social está fortemente ligado com o contexto profissional do Educador de Infância.